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Marketing médico em ambiente digital: 09 erros que sua clínica não deve cometer

O marketing médico pode ser um mecanismo de auxílio, mas demanda atenção e estratégia


De acordo com dados levantados pela Demografia Médica, em nosso território nacional, existem cerca de 450 mil profissionais habilitados para a prática da medicina. Ao considerar esse número, estipula-se uma média de dois médicos a cada mil brasileiros. 

São estudiosos que dedicaram muitos anos para o estudo e prática deste nobre exercício. Ao mesmo tempo, isso acaba gerando certo clima de concorrência. Porém, de maneira saudável, claro.

A população sempre vai agradecer por uma quantidade de médicos dedicados, e em contrapartida, o profissional continuará evoluindo para acompanhar as demandas. 

Portanto, acaba sendo natural que o exercício da medicina fomente novos nichos mercadológicos. Criando assim um dos seus maiores parceiros: o marketing médico. Essa área é uma das maiores aliadas para as clínicas médicas. 

Através de uma mensagem sólida, da seleção de software médico de qualidade e da propagação de conteúdos substanciais e assertivos, seu centro clínico pode ganhar maior reconhecimento.

O médico pode sim recorrer ao marketing. A premissa de que ele não pode ou deve acaba sendo um mecanismo de trava na carreira de inúmeros profissionais. 

erros para evitar no marketing médico

Todo profissional merece ter seu trabalho reconhecido e aqui não poderia ser diferente. Um marketing bem elaborado pode alavancar o reconhecimento da sua clínica, garantindo uma série de benefícios. 

Contudo, os cuidados permanecem. Nem todo marketing é permitido, ele deve andar lado a lado com a ética e os juramentos da medicina. Além disso, sensacionalismos devem ser deixados de lado.

Vivemos em tempos onde o marketing parece associado com a venda de charlatões, mas uma campanha realizada com profissionalismo é algo bem distinto. 

Tanto que o Conselho Federal de Medicina (CFM) regula orientações para que o marketing seja executado de maneira honesta.

A publicidade médica é passível de proibições que precisam ser conhecidas por aqueles dispostos a trabalhar no meio.

Trabalhar na sua divulgação é algo possível, bem dentro da sua realidade. Mas é preciso dedicação, zelo e respeito. Afinal de contas, a reputação de um profissional é o seu cartão de visitas.

De acordo com a Associação Americana de Marketing, o termo retrata atividades e processos com finalidade de criação, comunicação e entrega de ofertas com valor para clientes, parceiros, e sociedade.

Os profissionais da medicina não fogem da regra, precisando de uma metodologia de comunicação clara com intuito de criar sua própria clientela. 

limitações do marketing digital

A prática da medicina requer bastante conhecimento de origem técnica, e também científica. Da mesma forma, existem protocolos a serem respeitados.

Essas resoluções são estabelecidas pelo CFM e pelo Código de Ética. Para regulamentação do marketing em sua clínica médica, é preciso estar atento à Resolução CFM 2.126/15 e a Resolução CFM 1.974/11.

Ambas são as responsáveis pelos tópicos de propaganda e publicidade. Igualmente, o CONAR (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária) possui sua própria lista de normas para regulamentação da publicidade de atividades médicas. 

Sendo assim, confira nove erros que a sua clínica não deve cometer:

01 – Uso de fotos de pacientes para fins de publicidade

É vedada a exposição dos seus pacientes com o intuito publicitário e lucrativo. Inclusive, essa proibição é expressa pela Resolução 1.9074/11.

A única ressalva é quanto aos pacientes que se encontram no espaço dos eventos científicos. Mas fica o lembrete de que médicos e clínicas estão proibidos de usar imagens dos seus pacientes visando lucro.

02 – Publicidade de novos aparatos 

Fique atento para este detalhe, pois a propaganda não pode sugerir em hipótese alguma que as ferramentas de inovação garantem um tratamento com êxito.

Não faça promessas e esteja com atenção redobrada para interpretações dúbias. Inovador não implica garantia de sucesso. 

03 – Sensacionalismo em propaganda

O Conselho Federal de Medicina proíbe expressamente que o marketing médico faça uso de comunicação sensacionalista.

Esqueça termos que implicam em exclusividade, ou algo na linha de “melhor profissional”. Propagandas desse cunho devem ser evitadas a todo custo.

04 – É vedada a divulgação de tratamentos ou serviços em especialidades das quais o médico não possuir título

Não pode ser realizada a divulgação de nenhuma especialidade não reconhecida pela Comissão Mista de Especialidades, ou pelo Conselho Federal de Medicina.

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Deste modo, também encontra-se vedada a promoção de especialidade para a qual o médico não possua certificação.

Isso inclui especialidades ainda em curso. Para fins de publicidade, o médico pode divulgar apenas as que já é dono de certificação.

05 – Divulgar prêmios ou destaques

De acordo com a Resolução 1.974/11, o médico não deverá receber prêmios na linha “Médico do ano”.

Contudo, permanece viável, além de permitido o uso de homenagens feitas por sociedades médicas, reconhecimento de órgãos públicos ou pela academia.

Ao médico não será permitido que inclua seu nome em concursos ou divulgações similares. 

06 – Publicidade dos preços

Continuando a lista de irregularidades, esse item é um dos mais importantes. O médico não pode divulgar o preço dos seus procedimentos, das modalidades de pagamento que a clínica aceita, ou de possíveis descontos.

Não se pode estabelecer essa prática, tampouco tentar usufruir dela como diferencial em seus serviços. A Resolução 1.974/11 aborda bem essa questão. 

07 – Não venda imagens ideais

Nem o médico ou a sua clínica podem cair no erro de tentar vender uma imagem perfeita. Essa prática parece ser alimentada pelas redes sociais, e estimular plataformas que promovem a perfeição é prejudicial para seu marketing.

Quando feito em perfil pessoal, não é tão problemático. Porém, o marketing de uma clínica não pode ser baseado nisso.

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A rotina dos pacientes é muito distinta, então existe ali um abismo entre a vida do cliente em potencial. Imprescindível conseguir separar os hábitos da vida pessoal do médico, com o dos seus clientes em potencial.

 Indicar técnicas que auxiliam na boa rotina de saúde é possível, mas sem que isto incite os pacientes a buscarem atalhos prejudiciais durante a tentativa.

A sugestão é de não sugerir metas inatingíveis, para evitar o distanciamento do paciente.

08 – Atenção para a linguagem

Existem momentos para registrar de maneira técnica, e outros para garantir vínculo com os pacientes. Apesar da linguagem médica ser rebuscada, muitos a consideram difícil e cansativa.

Por causa disso, o ideal se encontra no equilíbrio. Sua clínica precisa manter uma comunicação assertiva, que consiga falar com todas as pessoas. 

Evite o rebuscado durante a comunicação direta. Tenha em mente que o paciente possui o conhecimento originário do lugar comum.

Responda suas dúvidas com precisão, adaptando a fala para não acabar se comunicando apenas com outros profissionais de saúde.

09 – Cuidado com anúncios e propagandas

A despeito de parecer bem atrativa a possibilidade de participar de anúncios ou propagandas para produtos ou outros fins de saúde, essa prática não pode ser exercida. O motivo? Proibição expressa do CFM. 

Um profissional na área da medicina não pode ser parte de anúncios, comerciais de marcas, ou divulgar metodologias que não são aceitas pela comunidade científica.

Isso pode ser lido na Resolução 1.974/2011 do CFM. Nele, diz-se que é vedado ao médico “participar de anúncios de empresas ou produtos ligados à Medicina, incluindo entidades sindicais ou associativas médicas”, assim como “permitir que o nome do médico seja incluído em propaganda enganosa de qualquer natureza”. 

Dicas de como elaborar o seu marketing médico

Agora, em breve resumo, aqui vão alguns detalhes que merecem atenção na hora de elaborar seu marketing médico: 

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  • É vedada a divulgação de tratamentos ou serviços em especialidades das quais o médico não possuir título. 
  • Não é permitido promoção médica que envolva destaques como o de uma possível “exclusividade” ou profissional “único” em procedimentos e tratamentos. 
  • É proibida a participação em campanhas publicitárias de outras empresas. Quando for conceder entrevistas, a autopromoção é proibida. 
  • Não é permitida a divulgação dos serviços e tratamentos fornecidos durante ela. A divulgação dos preços e métodos de pagamentos também é vedada. “Antes e depois” de procedimentos cirúrgicos em andamentos, ou de relevantes mudanças físicas.  
  •  É proibido a publicidade de mais de 2 especialidades simultâneas. 

Com atenção redobrada, é possível angariar lucros, ter maior reconhecimento e gerar emprego e renda. Claro, tudo isso com o devido respeito pela ética profissional. 


Fonte das imagens: https://br.depositphotos.com/

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