Como os hackers roubam criptomoedas de vários usuários em todo o mundo e como se proteger dessa ameaça que pode trazer grandes prejuízos financeiros?
Por muito tempo, imaginava-se que a tentativa de ataque cibernético às criptomoedas fosse praticamente impossível.
Afinal, a informação viajava pela web em cadeias de blocos (os blockchains), cada um com código matemático e encriptação. Entretanto, não é bem assim.
Os hackers se notabilizam justamente por conseguirem encontrar brechas em diversos sistemas e soluções.
Apenas em 2020, dados da plataforma Slowmist Hacked, que contabiliza ataques a projetos vinculados a blockchain, calculam uma perda de US$ 3 bilhões em carteiras digitais por conta desses ataques.
Por isso, é preciso buscar alternativas para melhorar a segurança de seus ativos digitais. Confira:
1 – Proteja sua navegação
Toda a movimentação referente às criptomoedas acontece total ou parcialmente pela internet, seja para transferir as moedas digitais ou simplesmente armazená-las.
Assim, o primeiro passo é proteger a navegação de seus dispositivos, dificultando a ação de cibercriminosos e a identificação de dados de acesso à wallet.
A melhor alternativa nesse caso é adquirir um serviço de VPN, que consegue encriptar o tráfego e garantir que as informações naveguem com privacidade e segurança, além de estender a proteção aos demais equipamentos e sistemas operacionais que eventualmente são utilizados para esse fim.
Descubra como os hackers roubam Criptomoedas e como se proteger
2 – Utilize várias camadas de segurança
Toda transação de criptomoeda envolve um processo de autenticação. Por meio dele, é possível ver se é o usuário certo que está acessando a informação e/ou a quantia naquela corrente de blocos.
As principais exchanges digitais oferecem diversos procedimentos de segurança para evitar riscos de ataques a transações. Mas o próprio usuário pode criar seus métodos, colocando senhas para autorizar cada movimentação em sua rede e sistema operacional – dificultando ainda mais a vida de quem tenta acessar remotamente.
3 – Escolha uma exchange digital adequada
O segundo tópico automaticamente leva ao terceiro: a necessidade de encontrar uma exchange digital que seja confiável e capaz de proteger todos os ativos.
Seu funcionamento é bastante similar à bolsa de valores: são nelas que as pessoas negociam suas moedas digitais – portanto, o volume financeiro é gigantesco.
Antes de negociar, recomenda-se observar as regras e boas práticas de segurança, a tecnologia utilizada e até se houve algum incidente de vazamento de informações e/ou roubos cibernéticos. É uma medida simples que evita dores de cabeça no futuro.
4 – Tenha cuidado com as wallets
Da mesma forma que existe algo simular com a bolsa de valores no universo das criptomoedas, é preciso ter uma conta para conseguir negociar no ambiente virtual. No caso, são as wallets. Elas servem para armazenar e transferir as moedas digitais.
Além de escolher serviços de empresas sérias, é preciso ficar atento às características. Afinal, existe a hot wallet, que atua de forma on-line, e a cold wallet, que é off-line.
A primeira é indicada para transações, mas é mais visada por cibercriminosos; a segunda é destinada a armazenamento, mas pode ser comprometida por falhas de segurança no dispositivo.
Portanto, ambas têm peculiaridades de segurança que precisam ser levadas em consideração pelo usuário.
Como evitar que os hackers roubem as suas criptomoedas?
5 – Faça cópias sempre que possível
Não importa a função, o setor ou a necessidade. Quando o assunto é proteção digital, o bom e velho backup segue como excelente alternativa para mitigar prejuízos causados pelos ataques cibernéticos.
No caso das moedas digitais, ele possibilita que o usuário tenha cópias de suas informações/valores inseridas na wallet.
Não há um prazo recomendado, mas o ideal é que seja uma prática rotineira e frequente, até mesmo com a impressão física das chaves de autenticação e acesso no caso de perda do arquivo virtual.
Artigo escrito por: Marijus Briedis – CTO da NordSecurity, empresa especializada em soluções de privacidade, segurança e rede privada virtual (VPN).