O diretor executivo da maior empresa de investimentos de capital aberto da Austrália, a AFIC, afirmou que os investidores estão esperando uma recuperação econômica dos efeitos da covid-19 dentro de dois a três anos. Isso explica a desconexão entre o desempenho dos mercados de ações e a realidade econômica dos moradores.
No Brasil, a situação é a parecida: enquanto as bolsas se recuperam, a população continua a sofrer com o desemprego e os preços altos, mas está buscando novas formas de obter renda.
De acordo com o site https://bookmakers.com.br/esports/, a procura pelos investimentos em apostas esportivas cresceu consideravelmente após o início da pandemia.
Voltando à Austrália, fica evidente a discrepância entre o mercado de ações e a economia local. A carteira de investimentos da AFIC apresentou retorno de 31,9% neste ano.
A média dos últimos 10 anos era 11%. O diretor executivo da empresa, Mark Freeman, já avisou que os altos lucros não se repetirão ano que vem, pois os ganhos saíram de uma base baixa decorrente da queda da bolsa em março de 2020, quando a pandemia começou a assolar o planeta.
Entretanto, por enquanto o mercado ainda está alcançando novos recordes, como o batido no fim de julho. Isso faz com que os investidores se preparem para mais uma ótima fase, impulsionada pelas baixas taxas de juros e pelo grande estímulo do governo australiano.
Mas, a força do mercado está em desacordo com a realidade econômica enfrentada pelos australianos. A crise se agravou após a tensão provocada pela variante Delta, que mantém várias partes do país em isolamento com o objetivo de conter o último surto de contaminação.
Freeman explica que o mercado está “muito voltado para o futuro“, ressaltando que as empresas mais afetadas pela pandemia foram as pequenas e aquelas de alguns segmentos específicos, como entretenimento, turismo e alimentação, enquanto as grandes companhias listadas na bolsa de valores conseguiram driblar a crise, mas que o importante é a visão e o planejamento para 2023 e 2024.
O diretor também explicou que as taxas de juros com os menores níveis históricos e a recuperação econômica um pouco mais rápida do que o esperado em alguns setores, juntamente à disponibilização das vacinas contra a covid-19, já estão empurrando as bolsas para cima: “Existem preocupações de que possa haver um pouco de inflação, mas as taxas de juros estão baixíssimas e as pessoas estão buscando lugares para investir dinheiro”, concluiu Mark Freeman.